Meu grito não é de dor
O grito é angústia
É um paralelo com incerteza
Rugido pelos momentos perdidos.
Meu grito clama
Proclama aos céus
Que ensurdeça minha mente
E avive meus olhos.
Droga, deixei acabar o vinho
Os pensamentos transpassam
Barreiras insólitas
Muros de lágrimas.
Vou deitar!
Ardem os olhos
A garganta aprofunda o som.
Abrir mais uma garrafa?
Escorre o vinho
Assim como as lágrimas
A cor é de sangue
As lágrimas de perguntas.
Enquanto este canto ungir
Meu grito será de querer
Quando o silêncio me visitar
Não mais irei sofrer.
Adonde fuiste?
Teu copo repousa no mesmo lugar
No rude catre em que repousou
Quando o vejo, planejo
Quando esqueço, esqueço.
Demência humana!
Grossa e fria demência.
Que os vermes do meus pensamentos
Virem solstícios do planos perdidos.
- RDL -
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