quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O medo do grito

Meu grito não é de dor
O grito é angústia
É um paralelo com incerteza
Rugido pelos momentos perdidos.

Meu grito clama
Proclama aos céus
Que ensurdeça minha mente
E avive meus olhos.

Droga, deixei acabar o vinho
Os pensamentos transpassam
Barreiras insólitas
Muros de lágrimas.

Vou deitar!

Ardem os olhos
A garganta aprofunda o som.

Abrir mais uma garrafa?

Escorre o vinho
Assim como as lágrimas
A cor é de sangue
As lágrimas de perguntas.

Enquanto este canto ungir
Meu grito será de querer
Quando o silêncio me visitar
Não mais irei sofrer.

Adonde fuiste?

Teu copo repousa no mesmo lugar
No rude catre em que repousou
Quando o vejo, planejo
Quando esqueço, esqueço.

Demência humana!
Grossa e fria demência.
Que os vermes do meus pensamentos
Virem solstícios do planos perdidos.

- RDL -

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