terça-feira, 2 de novembro de 2010

YY

Pra começar fico pensando se ando deprimido ou algo do gênero ou se é apenas minha personalidade assim mesmo. Eu arranjo desculpas pra não sair de casa e conviver socialmente com outras pessoas, sinto asco ao pensar em sair e ficar vendo aquele monte de gente com apetite voraz por "pegar" outras. Porque as pessoas não podem sair socialmente e comportar-se como devidos seres racionais que dizem ser, apenas pelo prazer da presença um do outro, pelo prazer saborear uma boa bebida, ou não tão boa, pelo prazer de exercer a socialização inerente que nos faz parte; todos ou melhor, não generalizando, 90% com esse apetite que faz pensar se ainda existem relações sociais de simples prazer, parece tudo mecânico, uma voracidade por externar sua sexualidade.

Mas de fato, nada é simplesmente sem interesse, tudo é interesse. Em que mundo vivo, assim como planejo o que ser e fazer, planejo não planejar o que planejei antes. Corro para direita e volto para esquerda para ter certeza que nada esqueci. Me incluo em contextos que não me são particulares para logo perceber que sai do caminho, que caminho?

Por mais que seja real, a inutilidade expressa nos pensamentos faz-me co-autor da minha própria vida. Essas malditas fases, quando procuro algo mais, encontro algo menos, quando algo menos me faço, algo mais para mim surge. Sorte ter conhecido, ao passo que azar ter desconhecido.

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